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Subir o Kilimanjaro

Subir o Kilimanjaro

Gostavas de viajar até à Tanzânia? Junta-te à nossa viagem organizada! Sabe mais em LEVA-ME à Tanzânia!

O Kilimanjaro, conhecido também como “Roof of Africa”, é uma das montanhas mais famosas do mundo.

Ergue-se 5895m acima das planícies da África Oriental exibindo a sua impressionante cúpula coberta de neve para todo o continente.

Ao contrário de muitas pessoas, para mim subir o Kilimanjaro nunca foi um sonho ou um desejo, mas uma vez que ia viajar para Tanzânia achei que podia ser uma experiência engraçada. Quando contactei pela primeira vez a ClimbingKilimanjaro.com (empresa que organizou a minha subida e sem a qual nunca lá teria chegado) pouco ou nada sabia sobre Kilimanjaro (excepto o facto de ser a maior montanha de África).

A verdade é que o Kilimanjaro pode ser escalado por quase todas as pessoas. No entanto, a montanha também é a mais subestimada do mundo levando quase 50% das pessoas a desistirem a meio do caminho. Para subir até ao topo do Kilimanjaro é necessário estar fisicamente e mentalmente preparado. É também preciso ter muita determinação e força de vontade para superar este desafio. Queria pôr-me à prova… de alguma forma queria provar a mim mesmo ser forte o suficiente para fazê-lo!

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NEW VIDEO! Kilimanjaro by João CajudaSabiam que subir o Kilimanjaro é o mesmo que ir do equador ao Polo Norte em poucos dias? 󾌰Passas por todos os ecossistemas, desde a savana até aos glaciares! Ficam aqui novas imagens desta minha aventura!

Posted by João Cajuda on Thursday, January 21, 2016

Para subir o Kilimanjaro é necessário uma rigorosa preparação física, há pessoas que começam a treinar meses antes da sua tentativa com caminhadas, ginásio, etc. Eu vou ser honesto, a única preparação física que fiz foi subir o Bom Jesus (ahahah) 2 e 4 vezes de seguida o elevador de Santa Justa (sou muito ridículo não?) claramente não tinha nenhuma noção daquilo que me esperava. Neste post vou compartilhar a minha experiência, dizer-te o que podes esperar, dar-te dicas e mostrar-lhe algumas das paisagens mais incríveis que já vi. Subir o Kilimanjaro é muito difícil, senti dor, frio, chorei, ri… foi horrivelmente maravilhoso e valeu cada passo que dei.

SOBRE O KILIMANJARO

Subir o Kilimanjaro é como ir do equador ao pólo norte em apenas alguns dias. Isto aconteça porque à medida que vamos subindo a montanha vamos passando por diferentes ecossistemas. As encostas mais baixas da montanha, provavelmente outrora uma zona florestada, é hoje área de cultivo de café, milho e outros alimentos. Em altitudes mais elevadas (3000 metros) encontramos um cinturão de floresta tropical. Este cinturão é substituído por sua vez, por um deserto alpino que nos lembra a paisagem lunar (4400 metros). Nas extremas altitudes encontramos uma zona de gelo e neve permanente.

A altitude define-se nas seguintes escalas:

  • Alto: 1500 – 3500 m
  • Muito alto: 3500 – 5500 m
  • Extremamente alto: 5500 m acima

Curiosidades: A pessoa mais rápida a fazer o percurso de subida-descida foi o guia de montanha Suíço Karl Egloff (nascido em 16 Março de 1981 em Quito), que correu para até ao cume e voltou em 6 horas e 42 minutos no dia 13 de Agosto de 2014. (Não acredito!!!! Só vendo! Que loucura… é impossível lol).

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QUANDO IR?

Devido à proximidade do Kilimanjaro do equador, esta região não tem propriamente estações de inverno e verão mas sim estações seca e chuvosa. Janeiro e Fevereiro são os meses mais quentes, Abril e Maio são os meses mais húmidos, Junho e Julho são os meses mais frios, e Agosto e Setembro são os meses mais secos. Janeiro, Fevereiro e Setembro são considerados os melhores meses para subir o Kilimanjaro em termos de clima. Devido à elevada altitude do Kilimanjaro, a montanha influencia o seu próprio clima. Ventos que chegam do Oceano Índico são desviados por cima da montanha resultando em humidade, chuva e neve. Embora muitas vezes durante o dia esteja quente, devem estar preparados para temperaturas abaixo de zero durante as noites. Mudanças climáticas dramáticas são comuns. Está preparado para a chuva, neve ou granizo súbita especialmente se estás a subir nos meses chuvosos. É fundamental que estejas preparado para as piores condições climatéricas possíveis. A temperatura média no topo é de cerca de -7°C. Durante noites mais frias as temperaturas podem baixar até aos -27°C.

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COMO IR?

Entra em contacto com a empresa Climbingkilimanjaro.com. Desde o primeiro e-mail o Nikki foi incansável a responder às minhas perguntas e dúvidas. Toda a equipa e guias foram incríveis e sem eles não teria sido possível para mim para chegar ao topo!

Deves voar para Dar Es Salem e em seguida apanhar um voo interno para o aeroporto de Arusha ou para aeroporto Kilimanjaro. Vê no site da Emirates, eles têm óptimas promoções para a Tanzânia. Podes também viajar directamente de Amesterdão para o aeroporto do Kilimanjaro. Caso tenhas duvidas a climbingkilimanjaro.com pode ajudar-te a escolher o melhor caminho.

QUE ROTA DEVO ESCOLHER?

Existem sete rotas estabelecidas para escalar o Kilimanjaro – Marangu, Machame, Lemosho, Shira, Rongai, circuito do norte e Umbwe. Escolhei o caminho mais rápido porque não tinha muito tempo. A rota Marangu é a rota mais populares para chegar ao topo do Kilimanjaro, é a mais barata e rápida, no entanto também é a que tem menor taxa de sucesso devido ao curto período de aclimatação (menos dias a subir, menos tempo tem o teu corpo para se habituar à altitude), se tiveres mais dias escolhe outro caminho.

No entanto a rota Marangu oferece a opção de passar um dia extra para aclimatação na montanha. Assim o ideal é que a rota seja feita ao longo de 6 dias (foi o que fiz) aumentando as tuas probabilidade de sucesso em chegar lá cima. É a única rota que tem ao longo do percurso acomodações tipo cabana, o que é óptimo para aqueles que não gostam de acampar.

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DIA UM

  • Marangu Gate (1860M) – MANDARA HUT (2715M)
  • Tempo de caminhada: 5h
  • Distância: cerca de 8,1 km
  • Habitat: Floresta

Estava receoso e ao mesmo tempo mais entusiasmado que nunca!

O motorista apanhou-nos no hotel em Moshi por volta das 7:00H e levou-nos até à loja de campismo para recolher todo o material que tenhamos alugado previamente (tens de pedir à agência, eles enviam uma lista com todo o material disponível para alugares e com os preços. É óptimo porque escusas de comprar material que vais usar provavelmente um vez na vida). Seguimos depois caminho até ao portão Kilimanjaro National Park, a viagem de carrinha leva cerca de 50 minutos e passas pela vila de Marangu localizado nas encostas mais baixas da montanha. Quando chegamos ao portão do parque, preenchemos os papeis necessários na secretaria e organizamos os últimos preparativos antes de iniciar a aventura.

Os “Porters” (pessoas que transportam todo o material necessário, incluindo água potável, alimentos, gás, etc… incluindo as tuas coisas, sim eles vão carregar a tua mochila de 80L todo o santo dia). Certifica-te que na tua mochila de 35L (esta levas tu às costas) tens tudo o que necessitas para a caminhada do dia, incluindo água potável, o teu almoço (é dado por eles) e roupa adicional.

Estamos prontos! Começamos a subir pela floresta tropical num excitamento difícil de explicar. Os guias dizem constantemente “pole pole” que significa “devagar, devagar!”… Este é o maior segredo para subir o Kilimanjaro, tens que andar muito lentamente, beber 3L de água por dia, comer tanto quanto conseguires e descansar durante a noite. A floresta é mágica, repleta de névoa e gotas de água cristalina nas barbas do musgo que aqui me parecia mais verde que em qualquer outro lugar. É também aqui onde a maioria dos animais se encontram (os animais não são perigosos, apenas vimos alguns macacos muito tímidos e umas formigas chatas como tudo).

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A floresta é incrível, tive que parar um milhão de vezes para tirar fotos e filmar as enormes árvores (com formas muito estranhas) que circundavam o caminho de terra batida e lama feita pelos montanhistas ao longo de décadas. Após 5 horas de caminhada ( a última hora é dolorosa) chegamos finalmente ao Mandara Hut onde vamos passar a nossa primeira noite. O Mandara Hut é um grupo de cabanas de madeira construído numa clareira no meio da floresta. Cada cabana tem 6-8 beliches para dormir com iluminação gerada pelo sol. A água é canalizada para o acampamento vinda das nascentes da montanha e há casas de banho por trás da cabana principal. O jantar é preparado pelo nosso cozinheiro e servido numa cabana de refeições comum a todo o acampamento. A comida estava deliciosa (como durante todos os dias da viagem)! Depois do jantar, o guia (Nelson) mediu-nos a saturação de oxigénio no sangue e os batimentos cardíacos. Um processo que se repete todas as manhãs e noites para avaliar como está o teu corpo a reagir à altitude.

As cabanas são o que são… não podes esperar qualquer luxo quando estás em áreas tão remotas. São pequenas, frias, com colchões sujos por onde já passaram 20.000 alpinistas e que nunca foram limpos ou trocados… resta-te enfiar no teu saco cama e dormir. Quantos às Casas de banho… prepara-te! Esta foi a única noite durante a viagem que tive problemas para dormir, senti de alguma forma a falta de oxigénio, mas estava tão cansado que me deixei dormir em poucos minutos.

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DIA DOIS

  • MANDARA HUT (2715M) – Horombo HUT (3705M)
  • Tempo de caminhada: 6h
  • Distância: Aproximadamente 11.6 km
  • Habitat: Moorland

Acordamos muito cedo, tomamos o pequeno almoço e embalados as nossas coisas. Sentia-me óptimo, não me doía as pernas, não tinha problemas de respiração… Estávamos todos muito animados! Saímos de Mandara Hut e caminhamos aproximadamente 1H por um pequeno caminho de floresta. Contornamos a base da cratera Maundi e entramos no ecossistema “moorland” que se define por ter bastante relva tipo savana. Aqui vais ver algumas das plantas mais espectaculares do Kilimanjaro – a gigante lobelia endêmica que cresce até 3m de altura e o groundsel gigante (Senecia Kilimanjari), que pode alcançar alturas de 5m! Paramos para um almoço sentados nas rochas cercado pela imensidão da natureza. Após cerca de 6 horas de caminhada, chegamos finalmente à vila Horombo,. Eu só queria era jantar… dizem que com a altitude perdes o apetite e que deves contrariar isso… bom eu era o oposto, nunca tive tanta fome na minha vida, só queria era comer. Antes do jantar tivemos a nossa já habitual bacia de água quente para lavar os pés (sim não tomas banho durante 6 dias, lavas os pezinhos, passas um doto e já vais com sorte. Depois do jantar ficamos a jogar às cartas até chegar o sono (tão bom ter o telefone desligado para poupar bateria para as fotos lá em cima).

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DIA TRÊS

  • Horombo HUT (3705M) – DIA DE ACLIMATIZAÇÃO
  • Tempo de caminhada: 3 Horas

A Vila Horombo tem edifícios semelhantes à de Mandara mas com uma capacidade total de 120 alpinistas! Aqui vais encontrar muitos viajantes que estão a subir mas também aqueles que estão a descer… há uma atmosfera de aventura e emoção. É um óptimo lugar para falar com aqueles que chegaram ao topo, fazer algumas perguntas, pedir dicas… Claro que também falei com pessoas que não conseguiram, que passaram mal… Não os oiças lol, vais ficar mais ansioso! Para escalar o Kilimanjaro precisas de estar focado, precisa de acreditar em ti. É importante estar fisicamente em forma, mas é igualmente importante estar bem com a mente! Estar mentalmente preparado para sofrer e subir aquela merda! Tu consegues! (isto ainda sou eu a falar para mim!)

Este dia extra na vila de Horombo é para aclimatização adicional. Fizemos uma caminhada até às rochas de zebra (cerca de 3 horas para cima e para baixo). Provavelmente estás a pensar… “Eu??? No meu dia de descaso? Não vou, dói-me as pernas e quero dormir!“… Também pensei o mesmo, mas a verdade é que fui e recomendo que todos o façam porque te ajuda a preparar o corpo para o dia seguinte… além disso o caminho não é muito difícil e vais ver paisagens muito bonitas. é um dia relaxado para aproveitares para tirares fotos. Depois do passeio voltam para o acampamento, todas as refeições do dia são servidas lá.

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DIA QUATRO

  • Horombo HUT (3705M) – KIBO HUT (4730M)
  • Tempo de caminhada: 6h
  • Distância: cerca de 9,6 km
  • Habitat: Deserto Alpine

Depois de tomar-mos o pequeno almoço continuamos a nossa subida até ao deserto Alpino passando pela última nascente de água (4130m). A viagem é calma e animada, a inclinação da montanha aqui não é muito grande, apesar disso as pernas já começam a fraquejar e a falta de oxigénio começa a fazer com que custe cada vez mais mover o corpo. No topo do deserto Alpino encontramos o Kibo Hut (4730M), uma casa (construção de pedra) com beliches para 60 alpinistas. Há casas de banho na plataforma atrás da cabana, o cheiro é insuportável, os buraquinhos no não dão directamente para um poço com tudo o que possas imaginar (dos últimos 50 anos), lol uma verdadeira aventura, boa sorte!

O nosso objectivo está apenas a 1195m acima de nós. Conseguimos ver ao longe a a neve na cúpula embora não se consiga ter ideia do que falta para subir. Após o almoço começámos a preparar todo o material e roupas térmicas para a escalada final. Para evitar o congelamento da água compra uma garrafa térmica, eu comprei daquelas de alumínio normais e a minha água ficou quase em gelo. Fomos para a cama por volta das 15h00H para tentar descansar o máximo possível, obvio que ninguém tinha sono, estávamos a poucas horas da batalha final e os nervos eram cama vez mais. Apesar disso lá me deixei dormir um bocado, acordamos por volta da 19:00H, enchemos a barriga de comida, pegámos nas nossas coisas e… estamos prontos! Ou talvez não… lol… não sei, estávamos todos tão nervosos com receio que algo corresse mal… só me vinham à cabeça as pessoas que morreram a tentar subir aquilo (sim porque há pessoas que morrem nesta brincadeira… calma… a taxa é de 13 pessoas em cada 100.000 que tentam subir. Mas pronto vocês sabem, nestas alturas só nos lembramos das desgraças e é um esforço enorme que tens de fazer para superar o medo.

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QUARTO DIA (NOITE) e QUINTO DIA

  • KIBO HUT (4730M) – pico Uhuru (5895m) – Horombo HUT (3705M)
  • Tempo de caminhada: 8 a 9 horas para chegar Uhuru Peak, 6 a 8 horas para descer a Horombo
  • Distância percorrida: Aproximadamente 5,4 km de subida e descida de 15 km
  • Habitat: cume coberto de gelo

Eram 22h30H quando iniciamos a caminhada, estávamos com aquele riso nervoso, era agora ou nunca… estava muito frio e escuro (talvez uns -15C). Um alpinista que escalou um dia antes tinha-me dito que os primeiros 900m é extremamente difícil, os outros 300m são “ok”! Caminhava-mos muito lentamente, a primeira parte do percurso consiste num caminho de terra batida até à Hans Meyer Cave (5150m – este é o lugar onde a maioria das pessoas desiste). Na Hans Meyer Cave paramos 5 minutos para comer algumas barras energéticas, beber água e fazer um xixi rápido. Não se pode parar mais que 5 minutos caso contrário podes entrar em hipotermia. O caminho em ziguezague pela montanha é feito até ponto de Gillman (5681m) que está localizado na borda da cratera. Esta parte é de facto muito íngreme e tem bastantes rochas exigindo um grande esforço físico e mental. É assustador porque está tão escuro que não vês mais de 2 metros à tua frente. Esta é sem dúvida a parte mais exigente de todo o percurso. É aqui também que entro em modo automático… Não conseguia pensar ou sentir qualquer dor ou frio… Apenas caminhava e caminhava… o meu coração batia tão rápido que comecei a ficar preocupado! Falei de imediato com o guia que me ajudou com a minha mochila de 35L. Não sei como mas estava a suar por todos os lados, sentia as minhas roupas a ficarem molhadas, já não sabia se tinha frio ou calor.

Finalmente, chegamos ao Gillmans Point, para mim, chegar aqui foi como se a missão tivesse sido cumprida… Sabia que a pior parte já tinha passado, estava a sentir-me óptimo! Todos estavam felizes, excepto o meu amigo Sérgio que estava azul lol! Estávamos preocupados com ele que mal tinha forças para estar sentado… mas faltava tão pouco que não podíamos deixá-lo desistir! Estava a amanhecer e era possível ver os primeiros raios de sol a querer furar as nuvens… Aqui vais encontrar neve e enormes glaciares… as vistas são deslumbrantes. Depois de tirarmos algumas fotos continuamos a andar até pico Uhuru (5895m)… bem, este último 1,5km não é tão fácil como eu pensava. Um simples passo parece o mesmo que “correr uma maratona”… Há muito pouco oxigénio aqui em cima por isso qualquer movimento é muito mais difícil.

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Começam a surgir inúmeros viajantes vindos das diferentes rotas, a atmosfera é maravilhosa, está tudo muito bem disposto! Só nos últimos 50 metros apercebi que tenhamos conseguido, foi quase como um descer à terra ainda que nunca tenha estado tão alto! Estou no ponto mais alto da África. Total histerismo e satisfação – CONSEGUIMOS!… Comecei a chorar como um bebé, não sei exactamente porquê… Talvez pelo alívio de tudo ter corrido bem… Talvez porque no fundo nunca acreditei que iríamos conseguir, talvez porque a paisagem era de “outro mundo” – Senti-me tão forte, tão feliz, dançávamos, riamos, não conseguia parar de chorar e acabei por meter todos os meus amigos a chorar também ahaha!

As condições meteorológicas lá em cima determinam quanto tempo podes lá ficar. Normalmente, podes ficar 15 minutos… pois bem, nós ficámos uma hora. Não queríamos saber do frio nem da falta de oxigénio, queríamos apenas para desfrutar o momento. Até arranjámos forças para ir ao pé do glaciar tirar algumas fotos.

Começamos a nossa descida de três horas até à cabana de Kibo… só aqui é que te apercebes do feito que conseguiste. Uma das razões para que as pessoas subam estes 1200m durante a noite é porque desta forma não podes ver o que estás estás a subir… Se fosse durante o dia eu provavelmente tinha desistido, não porque ache perigoso, mas porque a subida é tão grande, é tão íngreme que eu diria logo “Eu não posso, eu não sou suficiente forte, não é possível subir isto).

Basicamente é como uma parede de 900m!!! Como te disse, para subir o Kilimanjaro é preciso 50% físico e 50% mente… Geralmente as pessoas ficam com medo, pensam demasiado… Não podes pensar, tens que subir e mais nada! Na minha opinião para chegar ao topo, mais do que o teu corpo, precisas desafiar a tua mente!

Descer não é tão fácil como imaginamos… Não senti qualquer dor ou frio, o sol estava quente o suficiente. Mas acho que o corpo e a cabeça relaxam depois de chegar lá cima. Eu tudo o que queria agora era chegar à cabana! Após um breve descanso e comemoração na cabana, guardamos todas as nossas coisas e continuamos o caminho descendente até Horombo (+ 3 horas) aonde vamos pernoitar. O retorno a Horombo é surpreendentemente rápido em comparação com a subida. O tempo total gasto caminhando neste dia é cerca de 14 horas… É uma directa a caminhar em condições extremas… Dói-me os pés, tinha bolhas por todo o lado e as unhas estavam pretas de sangue pisado. Estava tão cansado que a única coisa em que eu pensava era “onde é que está a cama?”. Depois de chegarmos tivemos o nosso último jantar na montanha e um sono bem merecido. Estávamos cansados, todos deitados nas camas mas não conseguia-mos parar de falar sobre o feito que tínhamos alcançado lol. Somos uns heróis hoje!

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SEXTO DIA

  • Horombo HUT (3705M) – Marangu Gate (1860M)
  • Tempo de caminhada: 7h
  • Distância: Cerca de 19,7 km

Após o pequeno-almoço continuamos a nossa descida (7 horas), passando a vila Mandara até ao portão de Marangu. Doía-me tanto os pés que mal conseguia andar… como é que ia caminhar 19km pela floresta alguém me explica? Além disso, por não ter tomado banho nos últimos 6 dias algumas partes do meu corpo (basicamente o meu cú!) estava todo “assado” das toalhitas húmidas (façam o favor de comprar sem álcool). A certa altura estava tão exausto fisicamente e mentalmente que eu já me estava a cagar para os meus pés e unhas… comecei a correr montanha abaixo, não podia esperar mais, só queria chegar, tirar as minhas botas, beber uma Coca-Cola e fumar um cigarro (sim, não fumei durante 6 dias). Finalmente chegamos ao portão de Marangu, depois de escrever o meu nome na lista dos “campeões” do Kilimanjaro recebemos os nossos certificados. Os alpinistas que chegam ao ponto Gillman (5685m) recebem certificados verdes e os que atingiram o Uhuru Peak (5895m) recebem certificados de “ouro”. Após a cerimónia voltamos para o hotel… Finalmente tínhamos um chuveiro com água quente! Eu mal conseguia andar, lol, tinha tantas dores nos músculos que levei cerca de 15 minutos para caminhar do quarto até ao bar para beber uma gin!

No final, subir o Kilimanjaro foi uma experiência inesquecível e recomendo todos aqueles que amam a natureza a fazê-lo! Subir até o topo do Kilimanjaro é difícil e vais ter muitos momentos em que vais querer desistir. Não desistas… se o fizeres não vais sentir o sabor da conquista, os teus sonhos permanecerão apenas isso – sonhos. Lembra-te, só vais transformá-los em realidade com perseverança, e isto aplicasse a tudo na vida!

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ANTES DA VIAGEM

Subir o Kilimanjaro não é como ir para a praia na Tailândia, precisas de fazer uma enorme lista de roupas e equipamentos necessários, comprar medicamentos, fazer um check-up médico, organizar seguro de viagem, preparar o teu corpo, etc. Neste post vais encontrar tudo aquilo que precisas para ser bem-sucedido nesta aventura.

MATERIAL

Aqui encontras uma lista de todo o material que realmente precisei para subir o Kilimanjaro. A maior parte deste material podes alugar com a ClimbingKilimanjaro.com, basta perguntar-lhes por e-mail se o que queres está disponível e o preço.

MOCHILAS

  • 1 (Duffel) Bag +/- 80 L para o transporte do material (melhor alugar lá!)
  • 1 mochila – 35L. Grande o suficiente para levar a tua câmera, água, roupa impermeável, comida para o dia e roupas quentes.
  • 1 Mochila +/- 80 L (apesar de ter uma, decidi também alugar a minha lá, uma vez que precisava de levar malas de rodas para o resto da viagem).

CALÇADO

  • 1 Botas à prova de água, tornozelo alto, e 1 a 2 tamanhos acima (isto se não queres ficar com as unhas pretas como as minhas).
  • 1 ténis de caminhada leves
  • 1 polainas – impermeável para proteger contra a lama (aluguei lá)
  • 2 / Meias térmicas muito quentes
  • 5 Meias de caminhada
  • 2 Meias térmicas finas – Em caso de frio extremo
  • TERCEIRA CAMADA ROUPA
  • 1 casaco exterior à prova de água, respirável e à prova de vento – Deve ser capaz de suportar o frio extremo.
  • 1 calças à prova d’água, respirável e à prova de vento – deve ser capaz de suportar o frio extremo
  • 1 Impermeável de chuva comprido

SEGUNDA CAMADA DE ROUPA (isolamento)

  • 2 Camisolas ou casacos de lã 100 & 200 (igual a uma série de 300)
  • 1 Calças de lã polar.

PRIMEIRA CAMADA DE ROUPA (junto à pele)

  • 1 calças térmica de lã polar
  • 2 ceroulas térmicas
  • 6-7 Cuecas de tecidos respiráveis

OUTRAS ROUPAS

  • 1 Calças (rápida secagem tipo Explorador Tecido)
  • 6 t-shirts casuais
  • 7 underwear regular

ACESSÓRIOS

  • 1 lenço para proteger o pescoço e rosto, deve ser à prova de vento.
  • 1 Luvas à prova de água, à prova de vento e respirável – devem ser capazes de suportar o frio extremo (-20C)
  • 1 luvas de lã finas
  • 1 Chapéu com aba larga
  • 1 par de pólos trekking / Bengalas (aluguei lá)
  • 2 garrafas de água com isolamento térmico (1,5L cada … deves beber 3L por dia!)
  • 1 Lanterna de cabeça
  • 1 Caixa de comprimidos de purificação de água.
  • 1 óculos de sol com lentes boas para proteger dos raios UV.
  • 1 Pilhas para a lanterna.
  • 1 saco-cama para temperaturas de -5 a -15 graus Celsius (aluguei o meu lá)
  • 1 saco de dormir Inner de Microtex ou fleece Polar (o meu custou 50 €, mas não tive frio  nenhum)
  • Os sacos de plástico – Para garantir que todos os teus equipamentos permanecem secos
  • Cinto de dinheiro ou um pequeno saco para guardares o teu passaporte e objetos de valor
  • 1 capa à prova de água de 35L para protegeres a sua mochila
  • Telemóvel – A rede de telefone não é muito bom, provavelmente vais apanhar algum sinal aqui e ali mas não contes ir ao facebook ou ligar aos teus pais, principalmente a partir do 2º dia.
  • 1 Fita cola
  • Tampões para os ouvido (lembra-te que vais compartilhar as cabanas com outros viajantes).
  • Os sacos de plástico (para colocares o papel higiénico sujo caso tens de ir atrás do arbusto… não poluas a montanha, guardas no saco de plástico e deitas fora quando chegares ao próximo acampamento).

HIGIENE E SAÚDE

  • 1 toalha de montanhismo que de secagem rápida
  • Sabonete, escova de dentes, artigos de higiene, corta unhas, tesoura, toalhetes húmidos, etc…
  • 2 rolos de papel higiénico
  • 1 Protector solar SPF50 ou superior… em grandes altitudes os raios UV são muito mais perigosos e facilmente se apanham um escaldão.
  • 1 pó talco
  • 1 vaselina
  • 1 Baton do cieiro com SPF+ (não te esqueça!)
  • 1 toalhetes húmidos (vais estar 5 dias sem tomar banho…)

PRIMEIROS SOCORROS

*obviamente que deves consultar um médico sobre estes medicamentos, aqui apenas faço uma lista daquilo que levei depois de consultar o meu.

  • Analgésicos
  • Creme para relaxar os músculos.
  • Kit de primeiros socorros para pequenos cortes e contusões
  • Imodium (diarreia)
  • Valiod (para náusea e vómitos)
  • Aspirina
  • Pastilhas para garganta
  • Colírio
  • Repelente de insetos
  • Diamox!!! (diurético) Para ajudar  o teu corpo a habituar-se à altitude.
  • Bebidas de desporto em pó (Powerade, Gatorade…)
  • Barras energéticas e doces

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DICAS

Há várias coisas que deves fazer para te preparar para o Kilimanjaro:

  • Faz um check-up médico. Certifica-te de que estás saudável antes de iniciar tua subida. Actualiza o teu boletim de vacinas. Vacina contra a febre-amarela é necessária caso entres no país através de Dar Es Salem. Organiza um bom seguro de viagem que te proteja em altitudes superiores a 5500m e que incluía a evacuação para um hospital adequado. Todos os viajantes têm “apoio” na evacuação, seja de carro (apenas consegue ir até ao Horombo HUT (3705M) e leva 10 horas de viagem, ou de helicóptero em casos urgentes, no entanto faz o teu seguro pessoal.
  • Fica ciente que existe malária e febre-amarela nas áreas de baixa altitude. A malária e febre-amarela são transmitidas por picadas de mosquito. Embora existam vacinas e medicamentos disponíveis para ajudar a proteger-te contra estas doenças, é aconselhável protegeres-te sempre contra as picadas de mosquito. Não te esqueças de usar repelente de mosquitos.
  • Os guias (Nelson, Windgod e Beatus) e os porters falam muito bem Inglês e o seu conhecimento da flora e fauna é notável. Aceitem os conselhos dos vossos guias, lembrem-se que eles subiram centenas de vezes esta montanha! Todos estão treinados para reconhecer os sintomas da doença de altitude. De acordo com o Centro Médico em Moshi, 25 pessoas morreram entre 1996-2003 ao escalar a montanha. Dezassete eram do sexo feminino e oito do sexo masculino, com idades que variam dos 29 aos 74. A taxa de mortalidade total é estimada em 13,6 por 100.000 alpinistas (0,0136 por cento).
  • O equipamento que os porters transportam é pesado no portão do parque para garantir que o peso máximo recomendado (da tua mochila) de 15 kg não seja excedido. Certifica-te de dar uma boa gorjeta no final da viagem. Lembra-te sempre que sem eles nunca irias chegar ao topo. Normalmente a gorjeta dada é entre 200$ a 250$. O dinheiro deve ser entregue ao guia principal no final da viagem. O guia mais tarde irá distribuir com o resto da equipa.
  • Vais ouvir muitas vezes: “Pole-Pole” (devagar, devagar!)! Por não ser uma montanha tecnicamente exigente, a maioria das pessoas caminha demasiado rápido o que é terrível para aclimatizar o corpo. Se andas demasiado rápido durante os primeiros 2 dias vais acabar por ficar em apuros mais tarde. Ir com calma, respirar pelo nariz e ter cuidado com os joelhos (o caminho é traiçoeiro). Se te estiveres a sentir mal informa de imediato o teu guia.

Tens dúvidas? Curiosidades? Entre em contacto com ClimbingKilimanjaro.com.

Tenho certeza que o Nikki irá tratar-te muito bem e responder a todas as suas perguntas.

AH E BOA SORTE!!! 🙂